Produção Textual - 2º semestre/2014

Trabalho apresentado no primeiro seminário institucional PIBID - Uniabeu

A importância do ato de ler – Paulo Freire


A maioria dos alunos ainda não têm consciência da importância, da necessidade da leitura em seu processo de aprendizagem, isto é, na maioria das vezes lêem por obrigação, lêem somente o que lhe é determinado, sem dar à leitura seu valor real, sem perceber a necessidade de ler; ler para buscar informações, conhecimentos, para enriquecer seu vocabulário, para visualizar palavras e perceber sua ortografia…
A forma como aprendemos a ler na infância determina os usos que lhe damos na idade adulta. Se a ênfase é dada apenas à parte mecânica, será difícil, para o aprendiz perceber a gama de possibilidades e significados, julgando a leitura um meio para fins restritos. A leitura exerce um papel fundamental não só na pré-escola, mas também nas demais etapas do processo escolar pela parcela de responsabilidade na formação do leitor. A falta de leitura provoca problemas graves na expressão escrita, dificultando o ensino-aprendizagem, por exemplo, da redação. O hábito de leitura, contudo, só consegue ter êxito se associado ao prazer, ao jogo e à arte, de modo que o leitor sinta-se motivado em contato com formas de comunicação que caracterizam a arte da palavra.
Os textos construídos pelos alunos do CIEP Joracy Camargo não deixaram dúvidas de que a falta da leitura empobrece muito um texto e faz com que os erros sejam frequentes. Ler além de enriquecer um texto, também faz com que os erros não aconteçam em determinados textos, entendemos que os alunos em diversas vezes escrevem da mesma maneira que falam e até mesmo verificamos que o uso do internetês é usado com frequência por esses alunos, que não possuem o hábito de ler. Os alunos realizaram atividades de produção textual em forma de poesia como a de cordel, contextualizado com a baixada fluminense, que foi elaborado na primeira oficina, tipologia textual informativo – expositivo, com ênfase na literatura de cordel. Então verificamos alguns erros ortográficos, acentuação, concordância verbal e nominal:
Frase com erros:
Não somo carioca mas somo fluminense
Frase correta:
Não somos cariocas, mas somos fluminenses.
Texto errado:
Na baixada está em tempo de eleição de eleição, cuidado ao escolher pois estes políticos engana muita gente e pode enganar você.
Texto correto:
Na baixada está em tempo de eleição. Cuidado ao escolher, pois estes políticos enganam muita gente e podem enganar você.   
Ao analisar estes erros, verificamos o quanto os alunos ainda possuem deficiências em suas escritas. E o quanto eles precisam melhorar!  


  









Considerações finais:
   Através desses textos e dessas atividades, podemos analisar e concluir que os gêneros textuais são de grande importância para melhorar a leitura e escrita dos alunos. Escrever corretamente contribui para um cotidiano escolar melhor, os alunos do CIEP JORACY Camargo puderam entender o quanto é importante ler e escrever com clareza, com coerência e com coesão. O hábito da leitura estabelece com certeza uma melhor escrita, ambas estão ligada uma a outra. As dúvidas que foram apresentadas pelos alunos do CIEP citado a cima foram todas sanadas, e nós bolsistas podemos contribuir satisfatoriamente para uma melhor escrita e demostrar também o quanto é importante ler.
Para finalizar concluímos que o resultado do uso de uma ferramenta no caso aqui o uso do gênero textual é de suma importância para um aprendizado melhor. Ler e escrever melhor modifica um mundo, mundo este que difere um ser através do hábito que mantém.    
  





Aluna: Cléa Lucila Da Silva Ribeiro -70910289

Fichamento do livro A IDENTIDADE CULTURAL NA PÓS-MODERNIDADE Stuart Hall

1. A IDENTIDADE EM QUESTÃO
       
“A questão da identidade está sendo extensamente discutida na teoria social. Em
essência,   o   argumento   é   o   seguinte:   as   velhas   identidades,   que   por   tanto   tempo estabilizaram o mundo social, estão  em   declino,  fazendo  surgir novas identidades  e fragmentando o indivíduo moderno, até aqui visto como um sujeito unificado.” (p.7)
    “O propósito deste livro é explorar algumas das questões sobre a identidade cultural na modernidade tardia e avaliar se existe uma "crise de identidade", em que consiste essa crise e em que direção ela está indo. O livro se volta para questões como:Que pretendemos dizer com "crise de identidade"? Que acontecimentos recentes nas sociedades modernas precipitaram essa crise? Que formas ela toma? Quais são suas consequências potenciais? A primeira parte do livro (caps. 1-2) lida com mudanças nos conceitos  de  identidade  e   de   sujeito.  A  segunda   parte  (caps.  3-6)  desenvolve  esse argumento   com   relação   a   identidades   culturais   —   aqueles   aspectos   de   nossas identidades   que   surgem   de   nosso   "pertencimento"   a   culturas   étnicas,   raciais,lingüísticas, religiosas e, acima de tudo, nacionais.”(p.7-8)

Três concepções de identidade

“Para os propósitos desta exposição, distinguirei três concepções muito diferentes de identidade, a saber, as concepções de identidade do:a) sujeito do Iluminismo,b) sujeito sociológico e c) sujeito pós-moderno.
         O sujeito do Iluminismo estava baseado numa concepção da pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado, unificado, dotado das capacidades de razão, de consciência e de ação, cujo "centro" consistia num núcleo interior, que pela primeira vez quando o  sujeito nascia e  com  ele  se desenvolvia, ainda  que  permanecendo essencialmente o mesmo — continuo ou "idêntico" a ele — ao longo da existência do indivíduo. O centro essencial do eu era a identidade de urna pessoa.” (p.10)
       
     “A noção de sujeito sociológico refletia a crescente complexidade do mundo moderno e a consciência de que este núcleo interior do sujeito não era autônomo e auto-suficiente, mas era formado na relação com "outras pessoas importantes para ele", que mediavam para o sujeito os valores, sentidos e símbolos — a cultura — dos mundos que ele/ela habitava.(...) De acordo com essa visão, que se tornou a concepção sociológica clássica da questão, a identidade é formada na "interação" entre o eu e a sociedade. O sujeito ainda tem um núcleo ou essência interior que é o "eu real", mas este é formado e modificado num diálogo contínuo com os mundos  culturais"exteriores" e as identidades que esses mundos oferecem.”(p.11)

“A identidade, então, costura (ou, para usar uma metáfora médica, "sutura") o sujeito à estrutura. Estabiliza tanto os sujeitos  quanto  os  mundos culturais  que   eles habitam, tornando ambos reciprocamente mais unificados e predizíveis.”(p12)
“Argumenta-se, entretanto, que são exatamente essas coisas que agora estão"mudando".O sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada  e estável,  está  se  tornando  fragmentado;composto não  de  uma única, mas de várias identidades,algumas vezes contraditórias ou não- resolvidas. Correspondentemente, as identidades, que compunham as paisagens sociais "lá fora" e que asseguravam nossa conformidade subjetiva com as "necessidades" objetivas da cultura, estão entrando emcolapso, como resultado de mudanças estruturais e institucionais. O próprio processo de identificação, através do qual nos projetamos em nossas identidades culturais, tornou-se mais provisório, variável e problemático.”(p.12)
         “Esse processo produz o sujeito pós-moderno, conceptualizado como não tendo uma identidade fixa, essencial ou permanente. A identidade torna-se uma "celebração móvel": formada transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam (Hall, 1987). E definida historicamente, e não biologicamente. O sujeito assume identidades diferentes em   diferentes  momentos,  identidades   que   não  são   unificadas   ao   redor  de   um   "eu"coerente. Dentro de nós há identidades contraditórias,  empurrando   em   diferentes direções, de tal modo que nossas identificações estão sendo continuamente deslocadas.”(p.12-13)
 “Argumenta-se, entretanto, que são exatamente essas coisas que agora estão "mudando". O sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável,  está  se  tornando  fragmentado;  composto  não  de  uma  única,  mas   de  várias identidades,algumas vezes contraditórias ou não resolvidas. Correspondentemente, as identidades, que compunham as paisagens sociais "lá fora" e que asseguravam nossa conformidade subjetiva com as "necessidades" objetivas da cultura, estão entrando em colapso, como resultado de mudanças estruturais e institucionais. O próprio processo de identificação, através do qual nos projetamos em nossas identidades culturais, tornou-se mais provisório, variável e problemático.”(p.12)
     Esse processo produz o sujeito pós-moderno, conceptualizado como não tendo uma identidade fixa, essencial ou permanente. A identidade torna-se uma "celebração móvel": formada transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam (Hall, 1987). E definida historicamente, e não biologicamente. O sujeito assume identidades diferentes em   diferentes   momentos,   identidades   que   não  são   unificadas   ao   redor  de   um   "eu" coerente.   Dentro   de   nós   há   identidades   contraditórias,   empurrando   em   diferentes direções,   de   tal   modo   que   nossas   identificações   estão   sendo   continuamente deslocadas.”(p.12-13)

O caráter da mudança na modernidade tardia

“Um outro aspecto desta questão da identidade está relacionado ao caráter da mudança  na  modernidade   tardia;  em  particular,  ao  processo  de mudança  conhecido como "globalização" e seu impacto sobre a identidade cultural.”(p.14)
            “As sociedades modernas são, portanto, por definição, sociedades de mudança constante, rápida  e permanente. Esta   é   a   principal   distinção   entre   as   sociedades "tradicionais" e as "modernas".”(p.14)
             “Giddens cita, em particular, o ritmo e o alcance da mudança — "à medida em que áreas diferentes do globo são postas em interconexão umas com as outras, ondas de transformação social atingem virtualmente toda a superfície da terra" — e a natureza das instituições modernas (Giddens, 1990, p. 6).”(p.15)
                  

2. NASCIMENTO E MORTE DO SUJEITO MODERNO
   
        “Meu objetivo é traçar os estágios através dos quais uma versão particular do "sujeito humano" — com certas capacidades humanas fixas e um sentimento estável de sua própria identidade e lugar na ordem das coisas — emergiu pela primeira vez na idade moderna; como ele se tornou "centrado", nos discursos e práticas que moldaram as sociedades modernas; como adquiriu uma definição mais sociológica ou interativa; e como   ele   está   sendo   "descentrado" na modernidade tardia.  O foco principal deste capítulo é conceitual, centrando-se em concepções mutantes do sujeito humano, visto como uma figura discursiva, cuja forma unificada e identidade racional eram pressupostas tanto pelos discursos do pensamento moderno quanto pelos processos que moldaram a modernidade, sendo-lhes essenciais.” (p.23)
    "As transformações associadas à modernidade libertaram o indivíduo de seus apoios estáveis nas tradições e nas  estruturas.  Antes se acreditava que essas eram divinamente estabelecidas; não estavam sujeitas, portanto,amudanças fundamentais.”(p.25)
         “Raymond Williams observa que a história moderna do sujeito individual reúne dois significados distintos: por um lado, o sujeito é "indivisível" — uma entidade que é unificada no seu próprio interior e não pode ser dividida além disso; por outro lado, é também uma entidade que é "singular, distintiva, única" (veja Williams, 1976; pp. 133-5: verbete "individual").”(p.25)
“Muitos   movimentos   importantes   no   pensamento   e   na   cultura   ocidentais contribuíram para a emergência dessa nova concepção: a Reforma e o Protestantismo,que   libertaram   a   consciência   individual   das   instituições   religiosas   da   Igreja   e   a expuseram diretamente aos olhos de Deus; o Humanismo Renascentista, que colocou o Homem   (sic)   no   centro   do   universo;   as   revoluções   cientificas,   que   conferiram   ao Homem a faculdade e as capacidades para inquirir, investigar e decifrar os mistérios da Natureza; e o Iluminismo, centrado na imagem do Homem racional, científico, libertado do dogma e da intolerância, e diante do qual se estendia a totalidade da história humana, para ser compreendida e dominada.”(p.25-26)
        
         Emergiu, então, unia concepção mais social do sujeito. O indivíduo passou a ser visto   como   mais   localizado   e   "definido"   no   interior   dessas   grandes   estruturas   e formações sustentadoras da sociedade moderna.”(p.30)
“O segundo evento foi o surgimento das novas ciências sociais. Entretanto, as transformações que isso pôs em ação foram desiguais:

• O "indivíduo soberano", com as suas (dele) vontades, necessidades, desejos e interesses,   permaneceu   a   figura   central   tanto   nos   discursos   da   economia moderna quanto nos da lei moderna. (...)

•  A sociologia, entretanto, forneceu uma crítica do "individualismo racional" do sujeito cartesiano. Localizou o indivíduo em processos de grupo e nas normas coletivas as quais, argumentava, subjaziam a qualquer contrato entre sujeitos individuais. Em conseqüência, desenvolveu uma explicação alternativa do modo como os indivíduos são formados subjetivamente através de sua participação em relações sociais mais amplas ; e, inversamente, do modo como os processos e as estruturas   são   sustentados   pelos   papéis   que   os   indivíduos   neles desempenham.”(p.30-31)
“(...)um quadro mais perturbado e perturbador do sujeito e da identidade estava começando   a   emergir   dos   movimentos   estéticos   e   intelectuais   associado   com   o surgimento do Modernismo.Encontramos, aqui, a figura do indivíduo isolado, exilado ou alienado, colocado contra o pano-de-fundo da multidão ou da metrópole anônima e impessoal.”(p.32)

Descentrando o sujeito
          
    “Aquelas   pessoas   que   sustentam  que as identidades   modernas   estão   sendo fragmentadas argumentam que o que aconteceu à concepção do sujeito moderno, na modernidade tardia, não  foi simplesmente  sua  desagregação, mas seu deslocamento. Elas descrevem esse deslocamento através de uma série de rupturas nos discursos do conhecimento moderno.”(p.34)
      “A primeira descentração importante refere- se às tradições do pensamento marxista.Os escritos de Marx pertencem, naturalmente, ao século XIX e não ao século XX. Mas um dos modos pelos quais seu trabalho foi redescoberto e reinterpretado na década de sessenta foi à luz da sua afirmação de que os "homens (sic) fazem a história, mas apenas sob as condições que lhes são dadas".(...) Essa "revolução teórica total" foi, é óbvio,fortemente   contestada   por   muitos   teóricos   humanistas   que   dão   maior   peso,   na explicação histórica, à agência humana.”(p.34-36)

    “Assim, a identidade é realmente algo formado, ao longo do tempo, através de processos  inconscientes, e não  algo inato, existente  na  consciência no  momento  do nascimento.   Existe sempre algo "imaginário" ou fantasiado sobre sua unidade.  Ela permanece sempre incompleta, está sempre "em processo", sempre "sendo formada".”(p.38)
“O terceiro descentramento que examinarei está associado com o trabalho do lingüista estrutural, Ferdinand de Saussure. Saussure argumentava que nós não somos,em nenhum sentido, os "autores" das afirmações que fazemos ou dos significados que expressamos na língua. Nós podemos utilizar a língua para produzir significados apenas nos posicionando no interior das regras da língua e dos sistemas de significado de nossa
cultura. A língua é um sistema social e não um sistema individual. Ela preexiste a nós. Não podemos, em qualquer sentido simples, ser seus autores. Falar uma língua   não significa  apenas  expressar  nossos  pensamentos   mais  interiores  e  originais;  significa também ativar a imensa gama de significados que já estão embutidos em nossa língua e em nossos sistemas culturais.”(p.40)
“O quarto descentramento principal da identidade e do sujeito ocorre no trabalho do  filósofo e  historiador francês  Michel  Foucault. Numa  série de estudos, Foucault produziu uma espécie de "genealogia do sujeito moderno". Foucault destaca um novo tipo de poder, que ele chama de "poder disciplinar", que se desdobra ao longo do século XIX, chegando ao seu desenvolvimento máximo no início do presente século. O poder
disciplinar   está   preocupado,   em   primeiro   lugar,   com   a   regulação,   a   vigilância   é   o governo da espécie humana ou de populações inteiras e, em segundo lugar, do indivíduo e do corpo.”(p.41-42)
“O  quinto descentramento que  os  proponentes dessa  posição citam  é  o impacto  do feminismo,   tanto   como   uma   crítica   teórica   quanto   como  um   movimento   social.   O feminismo  faz  parte daquele  grupo  de "novos  movimentos  sociais", que  emergiram durante os anos sessenta (o grande marco da modernidade tardia), juntamente com as revoltas estudantis, os movimentos juvenis contraculturais e antibelicistas, as lutas pelos direitos  civis, os  movimentos revolucionários  do  "Terceiro Mundo", os movimentos pela paz e tudo aquilo que está associado com "1968".”(p.43-44)
“Neste capítulo, tentei, pois, mapear as mudanças conceituais através das quais, de acordo   com   alguns   teóricos,   o   "sujeito"   do   Iluminismo,   visto   como   tendo   urna identidade   fixa   e   estável,   foi   descentrado,   resultando   nas   identidades   abertas,contraditórias, inacabadas, fragmentadas, do sujeito pós-moderno. Descrevi isso através de  cinco   descentramentos.  Deixem-me   lembrar   outra   vez   que   muitas  pessoas   não aceitam   as   implicações   conceituais   e   intelectuais   desses   desenvolvimentos   do pensamento moderno. Entretanto, poucas negariam agora seus efeitos profundamente desestabilizadores sobre  as idéias  da modernidade  tardia e,  particularmente, sobre  a forma como o sujeito e a questão da identidade são conceptualizados.”(p.46)

3. AS CULTURAS NACIONAIS COMO COMUNIDADES IMAGINADAS

“A identidade cultural particular com a qual estou preocupado é a identidade nacional (embora outros aspectos estejam aí implicados).” (p.47)
“Ernest Gellner, a partir de uma posição mais liberal, também acredita que sem um sentimento de identificação nacional o sujeito moderno experimentaria um profundo sentimento de perda subjetiva.”(p.48)
“As pessoas não são apenas cidadãos/ãs legais de uma nação; elas participam da idéia da nação tal como representada em sua cultura nacional. Uma nação é uma comunidade simbólica e é isso que explica seu "poder para gerar um sentimento de identidade e lealdade”

Narrando a nação: uma comunidade imaginada

“As culturas nacionais são compostas não apenas de instituições culturais, mas também de símbolos e representações. Uma cultura nacional é um discurso — um modo de construir sentidos que influencia e organiza tanto nossas ações quanto a concepção que temos de nós mesmos(...)”(p.50)
“Como   argumentou   Benedict   Anderson   (1983),   a   identidade   nacional   é   uma "comunidade imaginada".” (p.51)
“Que estratégias  representacionais  são acionadas  para construir nosso  senso comum sobre o pertencimento ou sobre a identidade nacional? Quais são as representações,digamos, de "Inglaterra", que dominam as identificações e definem as identidades do povo "inglês"?”(p.51).

“Em segundo   lugar,   há   a   ênfase   nas   origens,   na   continuidade,   na   tradição   e   na intemporalidade. A identidade nacional é representada como primordial — "está lá, na verdadeira natureza das coisas", algumas vezes adormecida, mas sempre pronta para ser "acordada"   de   sua   "longa,   persistente   e   misteriosa   sonolência",   para  reassumir   sua inquebrantável existência (Gellner,  1983, p. 48). Os elementos essenciais do caráter nacional permanecem  imutáveis, apesar de  todas  as vicissitudes  da  história. Está  lá desde o nascimento, unificado e contínuo, "imutável" ao longo de todas as mudanças,eterno.”(p.53)
“Uma terceira estratégia discursiva é constituída por aquilo que Hobsbawm e Ranger chamam de invenção da tradição: "Tradições que parecem ou alegam ser antigas são muitas   vezes   de   origem   bastante   recente   e   algumas   vezes   inventadas...   Tradição inventada significa um conjunto de práticas... , de natureza ritual ou simbólica, que buscam inculcar certos valores e normas de comportamentos através da repetição, a qual,   automaticamente,   implica   continuidade   com   um   passado   histórico adequado".”(p.54)
“Um quarto exemplo de narrativa da cultura nacional é a do  mito fundacional: uma estória que localiza a origem da nação, do povo e de seu caráter nacional num passado tão distante que eles se perdem nas brumas do tempo, não do tempo "real", mas de um tempo "mítico". Tradições inventadas tornam as confusões e os desastres da história inteligíveis, transformando a desordem em "comunidade" (por exemplo, a Blitz ou a evacuação   durante   a   II   Grande   Guerra)   e   desastres   em   triunfos   (por   exemplo, Dunquerque).”(p.54-55)
“O discurso da  cultura nacional não é, assim, tão moderno como  aparenta ser.  Ele constrói   identidades   que   são   colocadas,   de   modo   ambíguo,   entre   o   passado   e   o futuro.”(p.56)

Desconstruindo a "cultura nacional": identidade e diferença

“A seção anterior discutiu como uma cultura nacional atua como uma fonte de significados culturais, um foco de identificação e um sistema de representação. Esta seção volta-se agora para a questão de saber se as culturas nacionais e as identidades nacionais que elas constroem são realmente unificadas.”(p.57-58)
 “Uma cultura nacional nunca foi um simples ponto de lealdade, união e identificação simbólica.(...)  A  maioria   das   nações   consiste   de   culturas   separadas   que   só   foram unificadas por um longo processo de conquista violenta —isto é, pela supressão forçada da   diferença   cultural.(...)   Em   segundo  lugar,  as   nações   são   sempre   compostas   de diferentes classes socais e diferentes grupos étnicos e de gênero.” (p.59-60)
“A etnia é o termo que utilizamos para nos referirmos às características culturais  língua, religião, costume, tradições, sentimento de "lugar" — que são partilhadas por um povo.(...) As nações modernas silo, todas, híbridos culturais.”(p.62)
“E ainda mais difícil unificar a identidade nacional em torno da raça. Em primeiro lugar, porque   —   contrariamente   à   crença   generalizada   —     a   raça   não  é   uma   categoria biológica  ou  genética  que  tenha  qualquer  validade  científica.  Há  diferentes  tipos  e variedades,  mas  eles   estão   tão  largamente  dispersos  no   interior  do  que  chamamos de"raças"quanto entre uma "raça"e outra.(p.62)
“A  raça  é  uma  categoria   discursiva  e  não  uma  categoria  biológica.  Isto  é,  ela  é  a categoria organizadora daquelas formas de falar, daqueles sistemas de representação e práticas sociais   (discursos)  que  utilizam   um  conjunto   frouxo,  freqüentemente  pouco específico, de diferenças em termos de características físicas — cor da pele, textura do cabelo, características físicas e corporais, etc. — como marcas simbólicas, a fim de diferenciar socialmente um grupo de outro.”(p.63)
“Mas mesmo quando o conceito de "raça" é usado dessa forma discursiva mais ampla,as nações modernas teimosamente se recusam a ser determinadas por ela.”(p.64)
“As identidades nacionais não subordinam todas as outras formas de diferença e não estão livres do jogo de poder, de divisões e contradições internas, de lealdades e de diferenças sobrepostas. Assim, quando vamos discutir se as identidades nacionais estão sendo  deslocadas,   devemos  ter   em  mente   a  forma  pela   qual  as   culturas  nacionais contribuem para "costurar" as diferenças numa única identidade.”(p.65)

4. GLOBALIZAÇÃO

“O capítulo anterior questionou a idéia de que as identidades nacionais tenham sido alguma vez tão unificadas ou  homogêneas quanto fazem   crer as representações que delas se fazem. Entretanto, na história moderna, as culturas nacionais têm dominado a "modernidade" e as identidades nacionais tendem a se sobrepor a outras fontes, mais particularistas, de identificação cultural.”(p.67)
“A globalização implica um movimento de distanciamento da idéia sociológica clássica da "sociedade" como um sistema bem delimitado e sua substituição por uma perspectiva que se concentra na forma como a vida social está ordenada ao longo do tempo e do espaço"(Giddens, 1990, p. 64). Essas novas características temporais e espaciais, que resultam na compressão de distâncias e de escalas temporais, estão entre os aspectos mais importantes da globalização a ter efeito sobre as identidades culturais. Eles são discutidos com mais detalhes no que se segue.”(p.67-68)

Compressão espaço-tempo e identidade

“O que é importante para nosso argumento quanto ao impacto da globalização sobre a identidade é que o tempo e o espaço são também as coordenadas básicas de todos os sistemas de representação. Todo meio de representação — escrita, pintura, desenho,fotografia, simbolização através da arte on dos sistemas de telecomunicação — deve traduzir seu objeto em dimensões espaciais e temporais. Assim, a narrativa traduz os eventos   numa   seqüência   temporal   "começo-meio-fim";   os   sistemas   visuais   de representação traduzem objetos tridimensionais em duas dimensões.”(p.70)
“No capitulo 3 argumentei que a identidade está profundamente envolvida no processo de representação. Assim, a moldagem e a remoldagem de relações espaço-tempo no interior de diferentes sistemas de representação têm efeitos profundos sobre a forma como as identidades são localizadas e representadas.”(p.71)

Em direção ao pós-moderno global?

“Alguns teóricos argumentam que o efeito geral desses processos globais tem sido o de enfraquecer ou solapar formas nacionais de identidade cultural. Eles argumentam que existem evidências de um afrouxamento de fortes identificações com a cultura nacional, e um reforçamento de outros laços e lealdades culturais, "acima" e "abaixo" do nível do estado-nação. As identidades nacionais permanecem fortes, especialmente com respeito a coisas como direitos legais e de cidadania, mas as  identidades  locais, regionais e comunitárias têm se tornado mais importantes. Colocadas acima do nível da cultura nacional, as identificações "globais" começam a deslocar e, algumas vezes, a apagar, as identidades nacionais.”(p.73)
“Quanto mais a vida social se torna mediada pelo mercado global de estilos, lugares e imagens, pelas   viagens internacionais, pelas imagens da mídia e  pelos sistemas de comunicação globalmente interligados, mais as identidades se tornam desvinculadas — desalojadas — de tempos, lugares, histórias e tradições específicos e parecem "flutuar livremente". Somos confrontados por uma gama de diferentes identidades (cada qual nos fazendo apelos, ou melhor, fazendo apelos a diferentes partes de nós), dentre as quais  parece possível  fazer uma  escolha. Foi  a  difusão do  consumismo, seja   como realidade, seja como sonho, que contribuiu para esse efeito de "supermercado cultural". No interior do discurso do consumismo global, as diferenças e as distinções culturais,que até então definiam a identidade, ficam reduzidas a uma espécie de língua franca internacional ou de moeda global, em termos das quais todas as tradições específicas e todas as diferentes identidades podem ser traduzidas. Este fenômeno é conhecido como "homogeneização cultural". (p.75-76)

5. O GLOBAL, O LOCAL E O RETORNO DA ETNIA
“As identidades nacionais estão sendo "homogeneizadas"? A homogeneização cultural é o grito angustiado daqueles/as que estão convencidos/as de que a globalização ameaça solapar as identidades e a "unidade" das culturas nacionais.”(p.77)
“Pode-se   considerar,   no   mínimo,   três   qualificações   ou   contra tendências principais. A primeira vem do argumento de Kevin Robin e da observação de que, ao lado da tendência em direção à homogeneização global, há também uma fascinação com a   diferença   e   com   a   mercantilização   da   etnia   e   da   "alteridade".(...)   A   segunda qualificação   relativamente   ao   argumento   sobre   a   homogeneização   global   das identidades é que a globalização é muito desigualmente distribuída ao redor do globo,entre regiões e entre diferentes estratos da população dentro das regiões. Isto é o que Doreen Massey chama de "geometria do poder" da globalização.(...) O terceiro ponto na crítica da homogeneização cultural é a questão de se saber o que é mais afetado por ela. Uma vez que a direção do fluxo é desequilibrada, e que continuam a existir relações desiguais   de   poder   cultural   entre   "o   Ocidente"   e   "o   Resto",   pode   parecer   que   a globalização  —  embora seja,  por  definição,  algo  que  afeta  o  globo  inteiro  —  seja essencialmente um fenômeno ocidental.”(p.77-78)
“A proliferação das escolhas de identidade é mais ampla no "centro" do sistema global que   nas   suas   periferias.   Os padrões de troca cultural desigual, familiar desde as primeiras fases da globalização, continuam a existir na modernidade tardia.”(p.77)
“Por outro lado, as sociedades da periferia têm estado sempre abertas às influências culturais  ocidentais  e,  agora,   mais  do  que  nunca.  A  idéia  de  que   esses  são  lugares "fechados" — etnicamente puros, culturalmente tradicionais e intocados até ontem pelas rupturas da modernidade — é uma fantasia ocidental sobre a "alteridade": uma "fantasia colonial" sobre a periferia, mantida pelo Ocidente, que tende a gostar de seus nativos apenas como "puros" e de seus lugares exóticos apenas como "intocados". Entretanto, as evidências sugerem que a globalização está tendo efeitos em toda parte, incluindo o Ocidente, e  a   "periferia"  também está   vivendo seu efeito  pluralizador, embora   num ritmo mais lento e desigual.(p.79-80)

The Rest in the West (O Resto no Ocidente)

“As páginas precedentes apresentaram três qualificações relativamente à primeira das três possíveis conseqüências da globalização, isto é, a homogeneização das identidades globais. Elas são:
 a)  globalização  caminha  em  paralelo  com  um   reforçamento   das   identidades   locais, embora isso ainda esteja dentro da lógica da compressão espaço-tempo.
b) A globalização é um processo desigual e tem sua própria "geometria de poder".
c)  A   globalização   retém   alguns   aspectos   da   dominação   global   ocidental,   mas   as identidades   culturais   estão,   em   toda   parte,   sendo   relativizadas   pelo   impacto   da compressão espaço-tempo.” (p.80-81)

A dialética das identidades


“O primeiro efeito tem sido o de contestar os contornos estabelecidos da identidade nacional e o de expor seu fechamento às pressões da diferença, da "alteridade" e da diversidade cultural. Isto está acontecendo, em diferentes graus, em todas as culturas nacionais ocidentais e, como conseqüência, fez com que toda a questão da identidade nacional e da "centralidade" cultural do Ocidente fosse abertamente discutida.”(p.83)
“Outro efeito desse processo  foi  o de ter provocado um alargamento do campo das identidades e uma proliferação de novas posições-de-identidade, juntamente com um aumento de polarização entre elas. Esses processos constituem a segunda e a terceira conseqüências possíveis da globalização, anteriormente referidas — a possibilidade de que a globalização possa levar a um fortalecimento de identidades locais ou à produção de novas identidades.”(p.84)
“Também há algumas evidências da terceira conseqüência possível da globalização — a produção   de   novas   identidades.   Um bom exemplo é, o das novas identidades  que emergiram nos anos 70, agrupadas ao redor do significante black, o qual, no contexto britânico,  fornece   um  novo   foco   de   identificação  tanto   para   as   comunidades   afro-caribenhas quanto para as asiáticas.”(p.86)
“Como conclusão  provisória, parece  então  que a globalização  tem, sim,  o  efeito de contestar e deslocar as identidades centradas e "fechadas" de urna cultura nacional. Ela tem   um   efeito   pluralizante   sobre   as   identidades,   produzindo   uma   variedade   de possibilidades   e   novas   posições   de   identificação,   e   tornando   as   identidades mais posicionais, mais políticas, mais plurais e diversas; menos fixas, unificadas ou trans-históricas. Entretanto,seu efeito geral permanece contraditório.”(p.87)
“Em toda parte, estão emergindo identidades culturais que não são fixas, mas que estão suspensas, em transição, entre diferentes posições; que retiram seus recursos, ao mesmo tempo, de diferentes tradições culturais;  e  que  são  o   produto   desses   complicados cruzamentos   e   misturas   culturais   que   são   cada   vez   mais   comuns   num   mundo globalizado.”(p.88)
“Essas pessoas retêm fortes vínculos com seus lugares de origem e suas tradições, mas sem a ilusão de um retorno ao passado. Elas são obrigadas a negociar com as novas culturas em que vivem, sem simplesmente serem assimiladas por elas e  sem perder completamente suas identidades.”(p.88)

6. FUNDAMENTALISMO, DIASPORA E HIBRIDISMO

“Algumas pessoas argumentam que o "hibridismo" e o sincretismo — a fusão entre diferentes  tradições   culturais  —  são  uma poderosa fonte criativa,  produzindo  novas formas de cultura, mais apropriadas à modernidade tardia que às velhas e contestadas identidades   do   passado.   Outras, entretanto, argumentam que o hibridismo, com a indeterminação, a "dupla consciência" e o relativismo que implica, também tem seus custos e perigos.”(p.91)
“(...) existem  também  fortes  tentativas para  se  reconstruírem  identidades   purificadas,para  se   restaurar   a   coesão,  o   "fechamento"   e  a  Tradição,  frente  ao   hibridismo   e  à diversidade. Dois exemplos são o ressurgimento do nacionalismo na Europa Oriental e o crescimento do fundamentalismo.”(p.92)
“A  tendência   em   direção   à   "homogeneização   global",   pois,   tem   seu   paralelo   num poderoso revival da "etnia", algumas vezes de variedades mais híbridas ou simbólicas,mas também freqüentemente das variedades exclusivas ou "essencialistas" mencionadas anteriormente.”(p.95)
“O ressurgimento do nacionalismo e de outras formas de particularismo no final do século XX, ao lado da globalização e a ela intimamente ligado, constitui, obviamente urna reversão notável, uma virada bastante inesperada dos acontecimentos. Nada nas perspectivas iluministas modernizantes ou nas ideologias do Ocidente nem o liberalismo nem, na verdade, o marxismo, que, apesar de toda sua oposição ao liberalismo, também viu   o   capitalismo   como   o   agente   involuntário   da   "modernidade"   previa   um   tal resultado.”(p.96)
 “Tanto o liberalismo quanto o marxismo, em suas diferentes formas, davam a entender que o apego ao local e ao particular dariam gradualmente vez a valores e identidades mais universalistas e cosmopolitas ou internacionais; que o nacionalismo e a etnia eram formas   arcaicas   de   apego   —a   espécie   de   coisa   que   seria   "dissolvida"   pela   força revolucionadora   da   modernidade.   De acordo com essas "metanarrativas"   da modernidade, os apegos irracionais ao local e ao particular, à tradição e às raízes, aos
mitos nacionais e às "comunidades imaginadas", seriam gradualmente substituídos por identidades mais racionais e universalistas.”(p.96-97)


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